A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje.Albert Einstein
CURSO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA DE COMPUTADORES PRA Portefólio Reflexivo de Aprendizagens de Jorge Bernardo na ATEC Academia de Formação
Só quem não tem imaginação pode pensar que o velho transístor fez a sua revolução e não tem mais nada de novo para nos dar.Os meus parabéns a Elvira Fortunato e a toda a sua equipa

Nesta página, é minha intenção passar uma mensagem de optimismo para quem se está iniciando nestas coisas da electrónica, e para isso penso que nada melhor do que mostrar uma das invenções Portuguesas que muito orgulho e auto-estima veio acrescentar aos Portugueses que é a invenção do transístor de papel.

O termo Transístor resulta da aglutinação dos termos ingleses TRANsfer + reSISTOR (resistência de transferência).

O termo bipolar refere-se ao facto dos portadores electrões e lacunas participarem no processo do fluxo de corrente.

Esta é a magia do transístor

Esta é a magia do transístor

Podes olhar à tua volta e com certeza vais encontrar uma série de dispositivos que te dão conforto, e que funcionam baseados justamente neste princípio. São os electrões movendo-se, permitindo tudo o que conhecemos como electrónica. Foi assim o aparecimento da nossa Era Digital.

Símbolos Electrónicos do Transístor de Junção Bipolar

Símbolos Electrónicos do Transístor de Junção Bipolar
Pinos do Transístor - E. B. C.

E: Emissor

B: Base

C: Colector

O transístor de junção bipolar pode funcionar em 4 zonas de funcionamento perfeitamente distintas; a zona de funcionamento pretendida é “escolhida” consoante as polarizações que se impuseram a cada uma das junções do transístor.

Nas figuras seguintes mostro-vos como se consegue polarizar o transístor para cada uma das 4 zonas de funcionamento.

Nas figuras não são indicadas as polaridades das fontes, pois estas serão diferentes, consoante se utilizam transístores NPN ou PNP. São indicadas apenas as polarizações impostas a cada junção:

PI = POLARIZAÇÃO INVERSA

PD = POLARIZAÇÃO DIRECTA

Zonas de Funcionamento do Transístor

Zonas de Funcionamento do Transístor

ZONA DE CORTE E ZONA DE SATURAÇÃO:

São utilizados conjuntamente em transístores que estejam inseridos em circuitos de comutação; umas das aplicações mais correntes são as portas lógicas.

Como em circuitos de comutação o transístor é usado como sendo um interruptor electrónico, o estado do interruptor aberto é obtido pondo o transístor a funcionar na zona de corte, nesse caso entre o colector e o emissor temos uma impedância muito elevada, ou seja praticamente um circuito aberto. O estado de interruptor fechado é conseguido pondo o transístor a funcionar na zona de saturação, pois entre o colector e o emissor o transístor apresenta uma muito baixa impedância, pelo que podemos considerar na pratica um curto-circuito entre o colector e o emissor.

ZONA ACTIVA:

E aqui que hoje em dia o transístor tem o seu largo domínio de aplicações, pois na zona activa o transístor funciona como amplificador, ou seja a corrente do colector (e consequentemente também a corrente de emissor) sã o directamente proporcionais á corrente de base, permitindo assim através da manipulação duma pequena corrente (de base), controlar um muito maior fluxo de corrente (corrente colector-emissor). Hoje em dia todos os amplificadores (excepto algumas aplicações muito específicas) são feitos com transístores, e mesmo os que utilizam amplificadores operacionais também os utilizam, pois um amplificador operacional é construído á custa de transístores.

ZONA INVERSA OU DE DISRUPÇÃO:

Esta zona de funcionamento só é utilizada em casos muito especiais, como sejam ensaios destrutivos de transístores; quando da fabricação de um lote de transístores é feita uma amostragem estatística a esse lote para determinar qual a tensão de disrupção desses mesmos transístores. No entanto hoje em dia já há experiencias, e até aplicações comerciais embora muito poucas) com transístores que são fabricados especialmente para funcionar nesta zona, e são utilizados em circuitos de protecção, pois possibilitam descargas muito rápidas á terra. .

É BOM SABER

Em um transístor a camada de depleção do díodo emissor é mais estreita que a camada de depleção do díodo colector. A razão pode ser atribuída aos diferentes níveis de dopagem na região do emissor e do colector. Com uma dopagem muito forte na região do emissor, o material N tem uma penetração mínima em virtude da disponibilidade de um número maior de electrões livres.

Contudo no lado do colector a disponibilidade de electrões livres é menor e a camada de deplação deve penetrar mais profundamente a fim de ajustar a barreira de potencial.

Polarização da base (circuito)

Polarização da base (circuito)
Exercícios
A figura mostra a conexão EC que já falei aqui nesta página. Dados os valores de Rb e do Ganho em cc podemos calcular a corrente no colector Ic e a tensão Vec usando os métodos já conhecidos do funcionamento. O circuito da figura é um exemplo de polarização de base, o que significa ajustar um valor fixo da corrente de base. Por exemplo se

Rb = 1 MΩ,

a corrente na base é de 14.3µA. Mesmo que o transístor seja substituído e a temperatura varie, a corrente de base permanecerá fixa em aproximadamente 14.3µA sobre todas as condições de operação.

Se nessa figura o Ganho cc = 100 a corrente no colector será aproximadamente 1.43mA e a tensão colector emissor será:

Vec = Vcc – IcRc = 15v – (1.43mA) * (3KΩ) = 10.7 V

Portanto o ponto Q é:

Ic = 1.43 mA e Vec = 10.7 V

Podemos também encontrar o ponto de Q usando uma solução gráfica baseada na recta de carga do transístor, um gráfico de Ic versus Vec, a tensão colector-emissor é dada por:

Vec = Vcc –Ic Rc

Para obtermos IC

IC = (Vcc-Vec)/Rc

Se traçarmos o gráfico desta equação (Ic versus Vec) obteremos uma recta que chamamos de recta de carga porque ela representa o efeito da carga sobre Ic e Vec. Por exemplo substituindo os valores da figura na equação obtemos:

IC = (15v-Vec)/(3 KΩ)


Essa é uma equação linear, isto é, seu gráfico é uma recta (observação: uma equação linear é aquela que pode ser reduzida numa forma padronizada de Y = mX + b).

Os pontos finais da recta de carga são facílimos de serem encontrados, quando Vec = 0 na equação da recta de carga.

Ic = 15v/3KΩ = 5 mA

Com os valores Ic = 5 mA e Vec = 0, traçamos o ponto superior da recta de carga.

Quando Ic = 0, obtemos a equação da recta de carga: 0 = (15v-Vec)/(3 kΩ) ou Vec = 15V

Com as coordenadas Ic = 0 e Vec = 15V traçamos o ponto inferior da recta de carga.

Estão aqui representadas as tensões e correntes que se devem usar em análise de circuitos, pois na prática usam-se aquelas que permitem obter equações de malhas mais simples; não são no entanto imperativos, podem-se usar outras desde que se escrevam as equações também de acordo com esses outros sentidos.

Vou agora apresentar as duas equações das leis de Kirchoff que são válidas para o transístor:

O transístor pode ser, em si próprio considerado como um nó, dai que possamos escrever:

Ic + Ib –I e = 0 ↔ Ie = Ib + Ic

No entanto o transístor pode ser considerado como uma malha, dai que possamos dizer:

- Vce + Vcb + Vbe = 0 ↔ Vce = Vcb - Vce

Resumo e conclusão do exercício, e uma pergunta muito interessante que o Professor Luís Batista explicou durante uma aula.
Porque a recta de carga é tão utilizada?

Porque ela contem todos os pormenores possíveis da operação do circuito, dito d forma diferente, quando a resistência da base muda de zero ao mínimo, ela faz com que Ib varie, que faz Ic e e Vce variarem sobre suas faixas por completo. Se você traçar os valores de Ic e Vec para todos os possíveis valores de Ib, obterá a recta de carga. Logo a recta de carga é um resumo visual de todos os pontos de operações possíveis do transístor.

Quando a resistência de carga da base é muito baixa, a corrente no colector é alta e a tensão colector emissor cai para aproximadamente zero. Nesse caso, o transístor vai para saturação. Isso significa que a corrente no colector aumentou para seu valor máximo possível.

O ponto de saturação é o ponto onde a recta de carga intercepta a região de saturação das curvas do colector. Podemos considerar o ponto de saturação o ponto superior da recta de carga, tendo sempre em mente que existe um ligeiro erro.

O ponte de corte é o ponto onde a recta de carga intercepta a região de corte das curvas do colector. De agora em diante vamos considerar que o ponto de corte é o ponto inferior da recta de carga.

Transístor NPN

Transístor NPN
Também conhecido como o Não Pica na Placa

Transístor Polarizado

Para uma operação nominal, podes polarizar o díodo emissor directamente e o díodo colector reversamente, sob essas condições o emissor injecta electrões livres na base, a maioria desses electrões livres passa da base para o colector. Por isso a corrente do colector é aproximadamente igual á corrente do emissor.

A corrente da base é muito menor tipicamente menor do que 5% da corrente do emissor.

Podemos testar o transístor fora do circuito?

Uma forma comum de testar transístores é com um multímetro calibrado para testar díodos. Um transístor NPN como se pode ver na figura, assemelha-se com dois díodos, um virado para o outro. Cada junção PN pode ser testada com polarização directa e reversa.

Podemos testar também do colector para o emissor que deve resultar uma indicação sobre leitura com um multímetro digital conectado com qualquer polaridade. Como um transístor tem três terminais, existem seis conexões possíveis com diferentes polaridades para um multímetro digital. Outro modo de testar transístores é com um ohmímetro, começamos por medir a resistência entre o colector e o emissor, a leitura deve ser de valor alto nos dois sentidos porque os diodos colector e emissor estão ligados em anti-série

Leitura com um multímetro de um Transístor NPN

Leitura com um multímetro de um Transístor NPN
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